25 de abril de 2011

A Joana da Semana

A Joana desta semana é BEEEEEM comprida, paciência meus amigos, paciência. XD

E a Joana éééééé:


J. K. Rowling








Joanne Rowling, conhecida como J. K. Rowling, nasceu a 31 de Julho de 1965), em Yate.
Joanne é uma escritora britânica de ficção, autora dos sete livros da famosa e premiada saga Harry Potter, e de três outros pequenos livros relacionados ao mesmo.

Desde criança, Joanne gostava de ler contos como O Vento nos Salgueiros e O Cavalinho Branco. Muitos autores influenciaram a sua obra, e fizeram nascer em Joanne a vontade latente de se tornar escritora.

Famosa por escrever em bares, com a primogénita ao lado no carrinho, ela enfrentou uma série de dificuldades até atingir a riqueza e a fama como escritora, passando-se longos anos até que Harry Potter e a Pedra Filosofal chegasse às prateleiras, com a ajuda de seu agente literário, Christopher Little. Desde então, J. K. Rowling escreveu os outros seis livros que a tornaram rica, e capacitaram-na a contribuir com instituições que ajudam a combater doenças, injustiças e a pobreza.
O seus livros, traduzidos para sessenta e quatro línguas, venderam mais de 400 milhões de cópias por todo o mundo, e renderam à autora por volta de 576 milhões de libras, mais ou menos 1 bilhão de dólares, segundo a estimativa da Forbes em Fevereiro de 2004, tornando-a a primeira pessoa a tornar-se bilionária (em dólares) escrevendo livros.
Já em 2006, ela foi nomeada pela mesma revista como a segunda personalidade feminina mais rica do mundo, atrás apenas da apresentadora da televisão americana Oprah Winfrey.
Em 2007 ficou em 891ª posição dos bilionários do mundo na lista da revista Forbes e nesse mesmo ano ela ficou com a 48ª posição na lista da Forbes das "100 Celebridades".
Em 2008, apareceu em 1064ª posição, embora a sua fortuna tenha aumentado com o lançamento de Harry Potter e os Talismãs da Morte, o último livro da série.
É notório, entretanto, como J.K.Rowling afirma veementemente no documentário Um ano na vida de J.K.Rowling, dirigido pelo escritor James Runcie, que, embora possua muitos milhões, não chega a ter um bilhão de dólares. Com efeito, o seu património, em 2010, foi avaliado pela Forbes em 815 milhões de euros.



Biografia

Nota sobre o seu nome

É importante lembrar que o nome da autora não é apenas Joanne Rowling. Na realidade ela não tem nome do meio, tal como a conhecemos. Rowling é pronunciado “Roulin” e Joanne é pronunciado “Djouan” ou “Djouein”. A abreviatura K. é de Kathleen, nome da sua avó preferida, Kathleen Rowling, e foi escolhida na ocasião do lançamento do primeiro livro da série no Reino Unido, Harry Potter e a Pedra Filosofal, quando Christopher Little, agente literário da autora, e a Bloomsbury, a sua editora, temendo que as crianças não lessem um livro escrito por uma mulher, pediram a Joanne que assinasse com as suas iniciais, não deixando transparecer que era uma mulher.
Joanne pensou em J.Rowling, mas não atendia ao pedido de duas iniciais da editora e por fim acabou homenageando a sua avó, criando uma assinatura que ficou muito famosa a partir de então. Esta técnica já tinha sido adoptada, inclusive, por Edith Nesbit, autora que influenciou J.K.Rowling.
Apesar disso, Joanne Rowling diz que todos a chamam de Jo Rowling, e que, quando criança, só era chamada de Joanne quando estavam zangados. O seu nome legal, como casada, é Joanne Murray.


A família Rowling

Peter John Rowling e Anne Volant conheceram-se no início dos anos 1960, numa viagem de comboio da estação King's Cross em Londres - nome conhecido pelos leitores de Harry Potter - à Escócia, e logo iniciaram um relacionamento. Ambos eram da Marinha, mas quando Anne ficou grávida, Peter conseguiu um lugar como aprendiz na fábrica Bristol Siddeley, que se tornou, mais tarde a Rolls-Royce.
Os dois casaram-se em Março de 1965, na igreja All Saints Parish Church e mudaram-se para Yate, no condado cerimonial de Gloucestershire e a 31 de Julho do mesmo ano, no Yate General Hospital, nascia Joanne Rowling, que apesar de já ter declarado que nasceu em Chipping Sodbury, não é o que consta na certidão de nascimento, apesar das duas cidades (Yate e Chipping Sodbury) estarem muito próximas: quase não se sabe onde começa uma e termina a outra.
Quase dois anos depois, em Junho de 1967, Anne teve a segunda filha, Dianne Rowling, que nasceu em casa.
Joanne diz que Dianne sempre foi mais bonita que ela, com os seus cabelos e olhos escuros, e que ambas brigavam muito quando eram crianças, «como dois gatos selvagens presos numa mesma gaiola aperta».
Sobre os avós de Joanne, é um facto que os paternos eram os seus favoritos: Kathleen Ada Bulgen Rowling e Ernest Arthur Rowling eram proprietários de uma mercearia na qual as netas brincavam. Kathleen morreu quando Joanne tinha 9 anos, e deixou uma neta que a amava muito e que mais tarde escolheria o seu nome para figurar o "K" de J.K.Rowling.
Os avós maternos das meninas eram Stanley George Volant e Freda Volant (Louisa Caroline Watts Freda Smith, o seu nome completo de solteira), que Joanne descreveu como «um casal infeliz».Entretanto, os dois avôs, Stanley e Ernie, eram por ela considerados grandes homens, que emprestam os seus nomes aos condutores do "Autocarro Cavaleiro" (na saga de Harry Potter).


Casas e escolas à moda antiga

Os Rowling inicialmente moraram em Yate, mas quando a cidade avançou, os pais das meninas resolveram mudar-se para Winterbourne, para a rua Nicholls Lane, onde Joanne tomou o gosto pela leitura. Perto da casa dos Rowling morava a família Potter, mas ao contrário do que foi espalhado, não há relação entre o filho Ian Potter e Harry Potter, além do nome.

Em 1971, a pequena Joanne escreve o seu primeiro livro: Rabbit, a história de um coelho chamado Rabbit, que pega sarampo e é visitado pela Miss Bee (Srta. Abelha), e foi nessa época que Joanne se matriculou na sua primeira escola, a St. Michael's Curch of England, perto de sua casa. Era um local agradável, uma escola à moda antiga da qual Joanne gostava muito.

Em 1974 a família Rowling mudou-se para a pequena cidade de Tutshill, para uma casa chamada Church Cottage. Curiosamente, Tutshill fica às bordas da Floresta de Dean, berço do escritor Dennis Potter.
Junto com a nova casa veio a nova escola, a Escola Tutshill, onde leccionava a professora Sylvia Morgan, uma mulher rígida e pouco querida. Joanne já se destacava pela inteligência. Ela diz na sua autobiografia que, talvez para compensar a beleza de Dianne, os seus pais decidiram que ela deveria ser a filha inteligente.
A escola secundária que as pequenas Rowling frequentaram era a Escola Wyedean, no vilarejo de Sedbury. Se a Escola Tutshill ficara para trás junto com Sylvia Morgan, Wyedean chegou com o professor John Nettleship, químico que inspirou o Professor Snape, e que àquela época tornou-se chefe da mãe de Jo e Di, Anne, que passou a trabalhar no departamento de Química da escola. Na Wyedean a professora Lucy Shepherd foi a preferida de Rowling. Competente, Lucy teve influência sobre a criativa Joanne, e é elogiada pelos próprios professores da escola.
O período que passou na Escola Wyedean deixou fortes lembranças: foi nessa época que Anne Rowling foi diagnosticada com esclerose múltipla, e foi aí, também, que ela conheceu Sean Harris, amigo a quem foi dedicado o segundo livro e dono do Ford Anglia original, a porta para o mundo de J.K. assim como o foi para Harry Potter. Segundo J.K.:

Ele foi o primeiro dos meus amigos a aprender a conduzir, e aquele carro turquesa e branco significava LIBERDADE.




De Exeter a Manchester

Joanne estava decidida quanto ao seu curso na faculdade: queria fazer Inglês. Ela disse:

Eu estudei francês, o que foi um erro; tinha sucumbido à pressão de meus pais [...]



Os seus planos tinham fracassado porque os seus pais aconselharam a filha a fazer algo que valesse a pena na questão profissional, mas ainda assim Joanne ingressou no curso de Francês e Línguas Clássicas da Universidade de Exeter.
Teve problemas de adaptação com o curso, mas foi menos "doloroso" do que o esperado. Fez os seus amigos, e, ao substituir o seu estilo inteligente por um visual mais chamativo, tornou-se popular entre os rapazes. Foi durante os estudos que ela decidiu ir a França dar aulas de Inglês, como parte do curso, e adorou a experiência. Em 1987 ela formou-se na Universidade de Exeter.

Fez alguns trabalhos temporários como secretária bilingue e trabalhou na Amnistia Internacional, no Departamento Franco-africano, época em que rascunhou um romance nunca publicado, e que era rabiscado em bloquinhos de papéis, em bares, da mesma forma que foi Harry Potter a seu tempo.

Quando o namorado de Joanne, em Exeter, foi morar para Manchester, Joanne passou a procurar um apartamento lá, para morar perto dele, mas foi uma escolha errada, como se veria depois, embora J.K. tenha dito que «mesmo se pudesse, não voltaria atrás». Para os fãs de Harry Potter, essa decisão talvez tenha sido boa: voltando para Londres após procurar sem sucesso um lugar para morar em Manchester, Joanne criou na sua mente (no momento só na mente, já que não tinha papel nem caneta, o que não é comum) uma personagem que mudaria o curso da literatura juvenil. O comboio em que ela viajava avariara e Joanne utilizou-se desse momento para criar o que viria a ser um sucesso mundial. Os motivos são incertos, mas de acordo com J.K.:

A ideia de Harry Potter surgiu de repente na minha mente [...] e nenhuma outra ideia me tinha animado tanto quanto essa.



Isto foi em Junho de 1990, quando os primeiros rascunhos de Harry Potter tomaram forma e, no fim do mesmo ano, ela se instalou em Manchester. Para passar o tempo, Joanne escrevia e as personagens de Harry Potter cresceram e amadureceram numa caixa de sapatos.
A 30 de Dezembro desse ano, Anne Volant, mãe de Jo e Di, faleceu em casa depois de dez anos lutando contra a esclerose múltipla. O choque foi imenso. Joanne comenta:

Foi um momento terrível. O meu pai, Di e eu estávamos arrasados; ela só tinha 45 anos e nunca imaginámos, provavelmente por não gostar nem de pensar na ideia, que ela poderia morrer tão jovem. Lembro-me de sentir [...] uma verdadeira dor no coração.



Depois do último adeus, Joanne voltou infelicíssima para Manchester, onde descobriu que o apartamento em que vivia fora assaltado, e depois de uma séria briga com o namorado, deu entrada no Bournville Hotel, na periferia da cidade. Foi no quarto desse hotel que surgiu o famoso desporteo dos feiticeiros, o Quidditch.
Já não havia o que fazer em Manchester, e um anúncio que procurava professores de inglês foi o início da aventura de Joanne em Portugal.


Uma aventura no Porto

Contratada para dar aulas de inglês em Portugal, no Encounter English, Joanne partiu de Inglaterra para a cidade do Porto, onde foi instalada num apartamento junto com duas outras professoras: Jill Preweet e Aine Kiely, mulheres a quem foi dedicado o terceiro livro, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Aos Sábados, as três iam divertir-se na discoteca Swing. Harry Potter não foi esquecido, e os rascunhos voaram junto com Joanne para o Porto.

Entretanto aconteceu Joanne deparar-se com um estudante português num bar, que lhe causou interesse, assim como ela a ele. O seu nome era Jorge Arantes. Joanne nunca falou detalhadamente sobre esta parte da sua estadia no Porto, e muito do que se sabe vem do próprio Jorge. Não demorou muito e os dois passaram a viver juntos, e Joanne ficou grávida, sofrendo um aborto espontâneo logo depois. Jorge pediu Joanne em casamento em Agosto de 1992, mas o relacionamento tempestuoso, pontuado por brigas, fez com que o casamento perdesse o encanto, e Joanne ficou grávida novamente, enquanto Jorge mostrava-se cada vez mais ciumento e possessivo. O bebé nasceu a 27 de Julho de 1993, e Joanne diz que foi a melhor coisa que já lhe aconteceu, mas nessa altura o casal ainda brigava muito, e o pico deu-se quando Jorge a arrastou para fora de casa. Joanne conseguiu recuperar o bebé e não demorou a ir-se embora, deixando o Porto para trás.


Rabiscando nos bares

Joanne voltou ao Reino Unido. O pai casara-se novamente, mas o seu destino foi o lar da recém-casada irmã, em Edimburgo. Não ficou lá por muito tempo, já que não queria ser um peso para a irmã.
A pobreza tomou conta dela, e junto com a falta de dinheiro veio a falta de esperança, e Joanne caiu nas garras da depressão.
Ela e a filha mudaram-se para um pequeno prédio em Leith, um bairro da capital escocesa, onde vivia com a ajuda do governo, mas sentindo-se humilhada por estar neste estado. Conseguiu, através da lei, manter Jorge longe dela e da filha. Sean Harris ainda mantinha contacto com Joanne, e emprestou-lhe algum dinheiro.

Chega-se agora à parte mais conhecida da sua história: Joanne Rowling passeava com a filha no carrinho, e, enquanto a menina dormia, ela ia até ao Nicolson's, um bar que pertencia ao cunhado de Joanne, ou ao bar The Elephant House Café. Pedia um café e escrevia as histórias de Harry Potter até que a filha acordasse. A história de que não tinha aquecimento em casa e ia aos bares aquecer-se é absurda. Não tinha computador, apenas uma velha máquina de escrever, onde dactilografava as anotações.
Entre fins de 1994 e meados de 1995, ela conseguiu um emprego como secretária, foi aceita no curso para conseguir o registo que a habilitava a dar aulas e divorciou-se. Joanne Rowling estava a preparar-se para as todas as boas notícias que viriam futuramente.


Sonhos no papel

Joanne tinha dois nomes de agentes literários. O primeiro devolveu os originais do livro muito rapidamente, e o segundo faria o mesmo se a mão de Briony Evens, funcionária de Christopher Little, não tivesse resgatado o manuscrito da caixa de devolução. Briony pediu autorização do chefe para tentar publicar o livro, e então escreveu a Joanne pedindo-lhe o restante do livro. Muitíssimo feliz, Joanne enviou-lhe o resto.

Depois de muitas recusas de outras várias editoras (o número é incerto, e já variou de 8 a 12 editoras), os originais foram parar na Editora Bloomsbury, nas mãos de Barry Cunningham, à época coordenador da recém-criada, e não tão prestigiada, divisão de livros infantis, que decidiu publicar o livro. Aparentemente, essa decisão também foi influenciada por Alice Newton, filha do director-executivo da Bloomsbury, que gostou do livro. Na divisão infantil trabalhavam Rosamund de la Hey e Sarah Odedina, que ajudaram Rowling e tornaram-se suas amigas. Barry já não trabalha na Bloomsbury. O seu lugar foi ocupado por Emma Matthewson.

Christopher Little, então, pediu que Joanne assinasse com as suas iniciais. Nesta ocasião, Joanne Rowling agregou, como nome do meio, o nome da avó, Kathleen, originando a famosa assinatura J.K.Rowling.
Entretanto, Barry Cunningham aconselhou-a a arranjar um trabalho, e Joanne conseguiu um emprego na Academia de Leith, como professora de francês, e conseguiu uma bolsa de oito mil libras esterlinas do Conselho Escocês de Artes, devolvendo parte do prémio depois do sucesso da sua saga. Mas, nesta época, ela esteve sempre à espera da publicação de Harry Potter e a Pedra Filosofal, que ocorreu a 30 de Junho de 1997. A primeira edição foi pequena, 1000 exemplares, 500 dos quais para bibliotecas. Actualmente um exemplar desses alcança o valor de 25000 libras.

Logo de início, o livro esteve entre os mais vendidos. Com o dinheiro que ganhou pelos direitos no início, Joanne comprou um apartamento mais espaçoso num lugar mais seguro para ela e a filha viverem, no número 19 de Hazelbank Terrace, em Edimburgo. J.K.Rowling, quando se mudou dessa casa, deu-a de presente a uma mãe solteira da vizinhança, de quem se tornara amiga.

No ano seguinte, num leilão dos direitos do livro, Arthur Levine, da editora Scholastic Inc., ganhou-os pelo valor de 105 mil dólares. Nos Estados Unidos o livro teve o nome mudado de Philosopher's Stone para Sorcerer's Stone, facto que Joanne diz que teria lutado contra se na época estivesse numa melhor condição. Ainda assim, J.K. é extremamente grata a Arthur Levine.

O sucesso do primeiro livro abriu as portas para o segundo, e desde então os olhos voltavam-se sempre para o lançamento do livro seguinte.
A revelação do nome do sétimo livro, a 21 de Dezembro de 2006, foi o prenúncio de que a série chegava de facto ao fim. Em Fevereiro de 2007 apareceram as notícias sobre a assinatura que J.K.Rowling havia deixado um busto no Hotel Balmoral, em Edimburgo, anunciando que num quarto daquele hotel ela tinha terminado o livro Harry Potter e os Talismãs da Morte. Durante um ano, enquanto finalizava o livro, ela permitiu que a filmassem para um documentário, que foi para o ar pela primeira vez a 30 de Dezembro de 2007. Esse documentário, chamado J K Rowling… A Year In The Life (pt.: Um ano na vida de J.K.Rowling), mostra diversos aspectos até então desconhecidos da autora. É possível ter vislumbres da sua mansão na Escócia, e ver J.K.Rowling reduzida a lágrimas ao voltar ao apartamento no bairro de Leith onde finalizou o primeiro livro da série, que completou uma década desde a sua publicação.


Projectos sociais e doações

A influência de J.K.Rowling, somada ao seu poder aquisitivo e à sua capacidade de escrever, esteve ocupada com projectos sociais com destaque para a MS Society Scotland, organização que ajuda portadores de esclerose múltipla, e o National Council for One Parent Families, que ajuda mães solteiras, tornando-se embaixadora do Conselho.

Escreveu também dois pequenos livros, O Quidditch Através dos Tempos e Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los, que arrecadaram, juntos, 15,7 milhões de Libras, 10,8 milhões das quais foram doadas à instituição Comic Relief, que combate a pobreza. Além disso, Joanne doou 22 milhões de Libras à mesma instituição.

Em 2006, Joanne foi até Bucareste, na Roménia, para arrecadar fundos ao Children's High Level Group, que difunde os direitos das crianças com deficiência mental na Europa e no mesmo ano doou uma grande soma para a construção de um novo Centro de Medicina Regenerativa na Universidade de Edimburgo.

Nos dias 1 e 2 de Agosto de 2006, Rowling leu juntamente com Stephen King e John Irving na Radio City Music Hall, em Nova Iorque. Os lucros do evento foram doados para a Haven Foundation, para artistas incapacitados e sem seguro social, e para a ONG Médicos Sem Fronteiras.

Em Novembro de 2007, Joanne revelou ter escrito o livro The Tales of Beedle, the Bard (pt.: Os Contos de Beedle, O Bardo). Este livro tem um papel importante dentro da história de Harry Potter e os Talismãs da Morte. Os Contos de Beedle, O Bardo teve uma edição limitada a sete livros, escritos à mão, com ilustrações da autora, encadernados em couro e com detalhes em prata e pedras semi-preciosas, seis foram dados de presente, e um deles foi leiloado, e a produto final foi doada a crianças carentes. A licitação inicial foi de 62000 dólares, e foi de facto leiloado por um valor de quase 4 milhões de dólares, 1,95 milhões de Libras. Em Dezembro de 2008, Os Contos de Beedle, o Bardo, foi publicado para o público em geral. Novamente, o dinheiro arrecadado com os direitos autorais do livro foi doado, dessa vez, ao Children's High Level Group.



Honrarias

Pelo seu trabalho artístico e beneficente, J.K.Rowling ganhou diversas homenagens e honrarias. As mais importantes são listadas a seguir:

Junho de 2000 - É nomeada pela Rainha Elizabeth como Officer of the British Empire, tornando-se Lady J.K.Rowling.

Julho de 2000 - Recebe o título de Dra. Honoris Causa em Letras pela Universidade de Exeter, onde estudara entre 1985 e 1987.

Setembro de 2000 - Um quadro de J.K.Rowling pintado por Stuart Pearson Wright ganha o seu lugar na National Portrait Gallery em Londres.

Abril de 2006 - Um asteroide é descoberto pelo Dr. Mark Hammergren do Adler Planetarium, que, sendo fã de Harry Potter, dá-lhe o nome de 43844 Rowling.

Maio de 2006 - Um dinossauro da ordem Pachycephalosauria recebeu o nome de Dracorex hogwartsia, "Dragão Rei de Hogwarts" em homenagem a Hogwarts, criação de Rowling.

Julho de 2006 - J.K.Rowling recebe o título de Dra. Honoris Causa em Direito pela Universidade de Aberdeen.

Julho de 2007 - J.K.Rowling recebe o Golden Blue Peter Badge, a maior honraria do programa Blue Peter. Ela já tinha recebido a de prata, mas só ganharia a de ouro, disseram-lhe, quando fizesse algo muito importante como salvar uma vida.

Outubro de 2007 - J.K.Rowling recebeu o prémio Pride of Britain por inspirar mães solteiras e aspirantes a autores.

Outubro de 2007 - J.K.Rowling recebeu o prémio Order of the Forest da Markets Initiative, uma organização canadiana de protecção ao meio ambiente, pela impressão de Harry Potter e os Talismã da Morte em papel reciclado.

Novembro de 2007 - J.K.Rowling vence o prémio Entertainer of the Year da revista Entertainment Weekly.

Fevereiro de 2009 – Recebe de Nicolas Sarkozy, presidente de França, a insígnia de Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra.


Uma nova família Rowling

J.K.Rowling conheceu o médico anestesista Neil Michael Murray na casa de um amigo comum, e os dois apaixonaram-se. Ele era recém-divorciado e ela, apesar da filha, tivera muitos problemas no seu casamento. Mesmo assim, os dois casaram-se no dia 26 de Dezembro de 2001. Peter e Dianne Rowling estavam lá.

O casamento aconteceu na luxuosa propriedade do século XIX, Killiechassie House, em Perth and Kinross, Escócia, comprada pela escritora em 2001. Rowling também comprou uma casa em Merchiston, Edimburgo, e uma casa em estilo georgiano, em Londres.

Com Neil, Joanne teve dois filhos: David Gordon Rowling Murray, nascido em Março de 2003 e Mackenzie Jean Rowling Murray, nascida em Janeiro de 2005. Harry Potter e a Ordem da Fénix foi dedicado a Neil, Jessica e David, e Harry Potter e o Príncipe Misterioso, a Mackenzie.
J.K.Rowling tem, também, dois cães, um Jack Russell Terrier e, mais recentemente, ela adoptou uma cadela de um canil (o Greyhound Rescue Fife) para onde também doou cerca de mil libras.



jkrowling.com

A 15 de Maio de 2004, J.K.Rowling inaugurou o seu site oficial, www.jkrowling.com. Se antes ele contava apenas com links de editores, então ele passou por uma mudança muito grande. O site, hoje, contém muito material interactivo, que permite ao usuário ir e vir, explorando diversos ambientes e descobrindo diversas coisas. A aparência inicial é de uma escrivaninha extremamente desarrumada, com vários rascunhos, papéis de doces e objectos inusitados, como penas e uma escova de cabelo. Passeando pela mesa também vemos insectos. A autora não costuma alterá-lo com muita frequência, mesmo que, quando o faz, escreve muito de uma só vez.

Pelo site pode-se encontrar a autobiografia, sem muitos detalhes, apenas o básico com algumas fotos, a secção de rumores, onde J.K.Rowling explica se são verdadeiros ou falsos os boatos que correm sobre a sua obra. A secção de notícias, que comenta diversas situações relacionadas a eventos envolvendo os livros ou ela mesma, etc. No diário há textos que não são necessariamente pessoais, mas dirigidos ao público. Na secção F.A.Q, a autora responde a diversas perguntas sobre ela, o livro ou diversos, inclusive fazendo votações para a próxima pergunta de quando em quando e na lixeira, J.K.Rowling desmente boatos, explica a versão verdadeira de outros, etc. Os links redireccionam o usuário para o site de editores e instituições enquanto na parte de Sites de Fãs, ela agracia os bons sites de fãs relacionados à sua obra. O Material Extra apresenta diversos detalhes sobre a sua obra, ou sobre coisas aleatórias, ao passo que a secção Feiticeiro do Mês aponta bruxos notáveis e os seus feitos. No Scrapbook ficam armazenados os easter eggs que o usuário adquire, e o W.O.M.B.A.T., actualmente sem uso, é um teste de conhecimentos que foi aplicado em três fases. A parte mais misteriosa é a secção com um ponto de interrogação. Lá já foram reveladas coisas importantíssimas, como o nome de livros novos, trechos e capítulos. É uma porta que nem sempre abre.

Há no site vários easter eggs, ou seja, "recompensas" escondidas pelo site que são dadas quando se realiza determinada tarefa. Eles consistem em desenhos e escritos antigos que ficam armazenados no próprio site. O site também conta com diversos itens interactivos, como um rádio, um telemóvel, interruptores e a visita ocasional do poltergeist da obra Harry Potter.
Há versões disponíveis em Inglês, Francês, Alemão, Italiano, Espanhol e Japonês.



Harry Potter

Já foi dito que a ideia de Harry Potter surgiu inesperadamente na mente de J.K. nos idos de 1990, durante uma viagem de comboio. Os primeiros manuscritos foram rabiscados em papel barato, e escrever o livro ajudava Joanne a passar o tempo, numa época em que sofria com a depressão e uma vida pobre, mas amparada pela família e por amigos, em especial Sean Harris.
De facto, J.K. nunca esperou sustentar-se escrevendo livros, mas só o facto de ter o seu livro verdadeiramente publicado já era um sonho de infância realizado. O máximo que esperava era uma crítica favorável. Claro que nem ela, nem o seu agente, e tampouco os seus editores imaginaram o estrondo que seguiu Harry Potter, e que fez a fortuna de J.K.Rowling. Lindsey Fraser, do Scottish Book Trust, uma organização que apoia e promove a leitura disse «nunca poderia imaginar o que ia acontecer».
As ilustrações mais famosas são as de Mary GrandPré, e os seus desenhos são utilizados nas capas de vários países, incluindo Portugal. Thomas Taylor desenhou a capa do primeiro livro da edição britânica que também ficou conhecida, mostrando Harry com a cara confusa em frente ao Expresso de Hogwarts.


Inspirações

J.K. nunca disse todos os autores que a inspiraram, e muitos são baseados apenas em suspeitas de fãs. Quanto a livros infantis, ela menciona sempre O Cavalinho Branco, de Elizabeth Goudge e os livros de Edith Nesbit. Um outro clássico para crianças que provavelmente inspirou Rowling é O Vento nos Salgueiros, de Kenneth Grahame. É possível perceber certas semelhanças de temperamento entre os personagens animais de Grahame e os humanos de Joanne, e esse é um dos livros infantis favoritos da autora, lido por seu pai quando ela ainda era criança.

A influência que vem de J.R.R.Tolkien e do seu amigo C.S.Lewis existe, mas é discutível. A biografia de J.K. afirma que ela adorava O Senhor dos Anéis e gostava de As Crónicas de Nárnia. Já um texto publicado na revista Time afirma que ela não terminou de ler nenhum dos dois. Rowling disse numa outra entrevista que leu O Senhor dos Anéis quando era jovem, mas que a relação dessa obra com sua própria é "meramente superficial". Sobre essa influência, J.K. comenta:

Penso que, se deixarmos de lado o facto de que os livros falam de dragões, varinhas mágicas e magos, os livros de Harry Potter são muito diferentes, especialmente no tom. Tolkien criou toda uma mitologia. Não penso que alguém possa dizer que eu tenha feito isso. Por outro lado, ele não criou um personagem como o Dudley Dursley.
Quanto a C.S.Lewis, ela afirmou que leu os livros e disse:

Eu pensei no caminho para Nárnia através do roupeiro na cena em que dizem para Harry atravessar a barreira na Estação King's Cross - ela dissolve-se e lá está a Plataforma Nove e Três-quartos, e o comboio para Hogwarts.




Jane Austen, sendo autora preferida de J.K., foi confirmada como fonte: podemos perceber a ironia de J.K. assim como nos livros de Austen, e o final é sempre um mistério.
Podemos esperar influências de Jessica Mitford também. J.K.Rowling disse:

Sem dúvida a escritora mais influente para mim é Jessica Mitford. Quando a minha tia-avó me deu Hons and Rebels, quando eu tinha 14 anos, ela tornou-se imediatamente a minha heroína. Ela fugiu de casa para lutar na Guerra Civil Espanhola, levando uma câmara que comprou com o dinheiro do pai. Eu queria ter coragem de fazer algo assim. Eu amo a forma como ela nunca superou certos traços adolescentes, mantendo-se verdadeira com as suas convicções políticas (ela era socialista autodidacta) toda a sua vida. Acho que li tudo o que ela escreveu. Até dei o seu nome à minha filha.




Sobre os nomes criados, J.K. disse que o Dictionary of Phrase and Fable é uma óptima fonte.
Estas são as mais claras (ou mais famosas) inspirações para a saga Harry Potter. Claro que há outras, e aqui fala-se apenas de livros e autores, e não do folclore sempre presente na obra, nem tampouco das pessoas que inspiraram personagens e dos lugares que Joanne conheceu que se refletiram nos lugares de Harry Potter.


Plágio, processos e acusações

Harry Potter tornou-se um livro muito impopular para muitos: grupos religiosos afirmaram categoricamente que os livros introduziam as crianças ao estudo da bruxaria e eram claramente satanistas. Em muitos lugares os livros foram proibidos como na escola St Mary's Island Church of England, e noutros até foram queimados.
Recentemente, uma mulher chamada Laura Mallory, mãe de quatro filhos, pediu a remoção dos livros nas escolas do Nevada, mas o seu pedido foi negado nas suas duas tentativas.

Além dessas reclamações, J.K.Rowling sofre com acusações de plágio. A mais famosa é a do caso N.K.Stouffer. No fim dos anos 1990, Nancy Stouffer, autora de livros infantis, declarou que J.K. tinha plagiado os seus livros The Legend of Rah and the Muggles (Muggles é uma palavra usada por Rowling) e Larry Potter and His Best Friend Lilly (Lily é o nome da mãe de Harry Potter). Nancy foi a tribunal, processando a Joanne, a editora americana Scholastic e a Time Warner, mas perdeu e foi obrigada a pagar multa de 50.000 dólares por agir de má-fé, já que mentira sobre certos pontos e manipulara documentos e evidências. Em Janeiro de 2004, Stouffer apelou, mas foi rejeitada novamente.

Em 2002, uma versão não autorizada e não assinada de Harry Potter, uma Fanfic com o nome Harry Potter and Leopard-Walk-Up-to-Dragon, foi publicada na China. Os advogados de Rowling conseguiram uma acção contra quem publicou, sendo forçados a pagar o prejuízo.

Os fãs de Livros da Magia, de Neil Gaiman, perceberam semelhanças entre Tim Hunter e Harry Potter. Os cabelos negros, os óculos redondos e a coruja foram o suficiente para J.K. ser acusada de plágio. No entanto, o autor das histórias disse que embora haja semelhanças elas são muito superficiais e só mostram que ambos escrevem sob arquétipos iguais.



Alguns prémios e recordes

Cinco meses depois de ter sido lançado, Harry Potter e a Pedra Filosofal, ganhou o prémio Nestlé Smarties Book Prize.

Em Fevereiro do ano seguinte, o romance ganhou o prestigiado British Book Award para Livro Infantil do Ano, e depois o Children’s Book Award.

Em Dezembro de 1999, o terceiro livro de Harry Potter, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, ganhou o Smarties Prize, fazendo com que J.K.Rowling se tornasse a primeira pessoa a ganhar o prémio três vezes seguidas.
A autora abriu mão da disputa do prémio com Harry Potter e o Cálice de Fogo, dando oportunidade a outros livros ganharem.

Em Janeiro de 2002, o Prisioneiro de Azkaban ganhou mais um prémio, o Whitbread Children’s Book of the Year Award, mas perdeu por pouco o Book of the Year Prize para a tradução do livro Beowulf, de Seamus Heaney. Curiosamente, Beowulf era uma das histórias preferidas de J.R.R.Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis, livro muitas vezes tido como "rival" de Harry Potter. Tolkien costumava discuti-lo nas sociedades literárias que frequentava, The Inklings entre elas.

Harry Potter e o Príncipe Misterioso entrou para o Livro do Guiness com o título de Livro Vendido Mais Rápido da história. Num único dia, o sexto livro, vendeu mais cópias do que O Código da Vinci vendeu num ano.

Harry Potter e os Talismãs da Morte quebrou recordes antes, até, do seu lançamento. Em apenas 95 dias, as pré-vendas do livro superaram 1 milhão de cópias, de acordo com o site Amazon. Nos dez dias após o seu lançamento, o livro vendeu 11,5 milhões de cópias.

Recentemente foi feita uma pesquisa sobre os livros mais relidos, e a série Harry Potter ficou com o primeiro lugar da lista, que também inclui O Senhor dos Anéis e Orgulho e Preconceito, de Jane Austen.

Mais recentemente, o livro Os Contos de Beedle, o Bardo tornou-se o livro de venda mais rápida do ano de 2008, e tirou Stephenie Meyer, conhecida como "a nova J.K.Rowling" do primeiro lugar na lista dos mais vendidos.


Filmes

Quando os livros começaram a tornar-se um fenómeno, logo os filmes vieram à mente.
Em 1998, a Warner Bros. comprou os direitos da saga. Steven Spielberg foi cogitado para fazer as vezes de director, mas foi Chris Columbus, de Sozinho em Casa, que dirigiu os dois primeiros filmes, Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara dos Segredos. Columbus foi escolhido por já ter trabalhado com a Warner Bros. mas J.K. inicialmente optou pelo director Terry Gilliam, cujo trabalho ela admira. Depois de Columbus, o director mudou a cada filme.

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban ficou ao encargo de Alfonso Cuarón, de E a Tua Mãe Também. Harry Potter e o Cálice de Fogo foi dirigido por Mike Newell, de O Sorriso de Mona Lisa.

Harry Potter e a Ordem da Fénix ficou sob a direcção de David Yates, que confirmou a sua presença em Harry Potter e o Príncipe Misterioso, que estreou mundialmente a 15 de Julho de 2009 e Harry Potter e os Talismãs da Morte, dividido em duas partes, devido à grande quantidade de informações no livro.

As bandas sonoras dos três primeiros filmes ficaram por conta do premiado John Williams. A do quarto filme foi conduzida por Patrick Doyle, a do quinto e do sexto, por Nicholas Hooper, e a do sétimo e oitavo por Alexadre Desplat.

J.K.Rowling esteve presente em todas as etapas de produção do filme, para garantir a fidelidade em relação à sua obra. O elenco escolhido é totalmente britânico, uma "exigência" de J.K.

No início de 2011 foi revelado que um filme não-autorizado sobre a vida da autora estava em produção.



Curiosidades

Segundo a revista Forbes, J. K. Rowling, foi a escritora mais bem paga do mundo, no ano de 2007, com uma factura de 300 milhões de dólares. Superando várias vezes, o então rei do horror, Stephen King, que fora o 3º mais bem pago, naquele ano, com facturação de 50 milhões de dólares.

Joanne, também foi eleita pela Enciclopédia Britânica uma das 300 mulheres que mudaram o mundo. Essa lista também contem personalidades como Martha Stewart, Oprah Winfrey, Eva Perón, Edith Piaf, Marilyn Monroe, Hedy Lamarr, Sophia Loren, Greta Garbo, Katharine Hepburn, Bette Davis, Marlene Dietrich, Lucille Ball e Joana d'Arc.

A personagem Hermione Granger, de Harry Potter, é o possível Alter ego de Rowling.
J
. K. Rowling, ultrapassou a rainha Elizabeth II na lista das pessoas mais ricas da Grã-Bretanha. Segundo a lista compilada anualmente pelo jornal britânico The Sunday Times, a fortuna de J. K. Rowling é avaliada em 442 milhões de dólares. O seu património torna-a a mulher mais rica do mundo do entretenimento na Grã-Bretanha, ocupando o 122º posto na lista dos mais ricos, 11 acima da Rainha Elizabeth II.

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