16 de fevereiro de 2011
A História da... Escova de Dentes!
De facto, a preocupação com a boca e os dentes aparece como um dos mais antigos cuidados de higiene pessoal em diversas culturas. Estudos arqueológicos recentes encontraram num túmulo egípcia, com cinco mil anos, um artefacto que poderia ser visto como a mais antiga de todas as escovas de dentes. Na verdade, o instrumento consistia num ramo de planta que teve a sua extremidade toda desfiada até que as fibras funcionassem como cerdas.
Os Assírios, reafirmando o pragmatismo daquela nação de guerreiros, já tentavam resolver o problema usando o dedo para limpar os dentes. Contudo, outras culturas buscaram hastes, madeiras, ervas e misturas que pudessem superar os incómodos que a porcaria e o mau hálito sempre causaram. Por volta do século IV a.C., o médico grego Diocles de Caristo receitava aos seus pacientes que explorassem os poderes aromáticos que as folhas de hortelã produziam quando esfregadas nos dentes e nas gengivas.
Nos anos em que foi aprendiz do filósofo Aristóteles, o lendário imperador Alexandre, O Grande, foi detalhadamente orientado sobre como limpar os dentes, todas as manhãs, com uma toalha feita de linho. Entre os romanos constata-se o uso de uma mirabolante mistura com areia, ervas e cinzas de ossos e dentes de animais. O lugar da higiene bucal era tão expressivo entre os nobres romanos que se davam ao luxo de terem escravos incumbidos de realizar esta única tarefa.
Por volta de 1490, os chineses inventaram um rústico modelo daquilo que já poderíamos chamar de escova dental. O protótipo oriental era constituído por uma haste de bambu ou osso dotada de um feixe de pelos de porco. Além de ser um artefacto muito caro, a escova chinesa acabava por prejudicar os seus usuários na medida em que as cerdas de origem animal ganhavam mofo e, por isso, deixam toda a cavidade bucal exposta ao ataque de fungos.
Na Europa Medieval, o cuidado com os dentes já desfrutava de avanços consideráveis, tendo em vista o grau de elaboração das pastas dentífricas. Entretanto, a cura do mau hálito era medicado com um asqueroso bochecho de urina. Nessa mesma época, o profeta árabe Maomé (570-633) recomendava aos seguidores do Islamismo a utilização de uma haste de madeira aromática que se esfregada várias vezes ao dia, pasta essa que poderia limpar e clarear os dentes.
Chegando ao século XVIII, um prisioneiro britânico chamado William Addis teve a brilhante ideia de desenvolver a primeira versão moderna de escova de dentes. Primeiramente, ele guardou um pedaço de osso animal da sua refeição diária. Realizou pequenos furos numa das suas pontas e conseguiu algumas cerdas com um carcereiro. Amarrando as cerdas em feixes minúsculos e fixando-as com cola nos buracos do osso, ele desenvolveu a tecnologia fundamental do invento.
No século XX, vários estudiosos passaram a observar detalhadamente os elementos constituintes das várias escovas disponíveis no mercado. A anatomia do cabo, a disposição dos feixes, o processo de desgaste, foram sistematicamente analisados para que o instrumento fosse aprimorado. Nos fins da década de 1930, a utilização do Nylon permitiu que as escovas realizassem a limpeza dos dentes sem que as gengivas sofressem grandes agressões.
Actualmente, cores, formas e tecnologias transformaram o mercado de escovas de dentes numa grande incógnita. Entre tantas opções, muitas pessoas não sabem distinguir qual o tipo de escova adequada a uma boa higiene oral. Geralmente, os odontólogos aconselham o uso de uma escova que não seja muito grande, possua cerdas macias e que seja regularmente trocada.
Credits: http://www.brasilescola.com
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2 comentários:
Xi man, havia umas coisas bem nojentas. Aquela dos pêlos de porco e a da urina... argh!
Ainda bem que as coisas evoluem. Mesmo!
Que nojo a parte da urina :o Aff, really?! Argh!
Não sei se sabes, mas antigamente também se comia o musgo por causa de infecções, nomeadamente o escorbuto.
Felizmente as coisas evoluem, se não olha no que estávamos todos metidos.
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