6 de setembro de 2011

Vomitar papel? Não obrigado.

Eu já andava a ouvir cá por casa, a minha irmã falar de ir a Campo Maior à Festa das Flores (ou lá como se chama)... mas sempre a falar com a minha mãe, nunca se dirigiu à minha pessoa e me perguntou se eu estava interessada em ir, como ela até costuma fazer volta e meia que tem em mente algum programinha.
Já estava mesmo a ver que ia sobrar para mim, até tive um monólogo mental sobre isso... que se viessem, em cima da hora, dizer-me 'Vamos a Campo Maior' esse 'Vamos' iria ser um 'Vão', porque eu não ia!

Pois, acho que foi Sábado (dia 27)... ao jantar, pergunta-me a minha mãe sobre as festas de Cascais (senão acabavam muito tarde) porque no dia a seguir tínhamos de nos levantar muito cedo para ir para Campo Maior! Claro... chateei-me com ela! Ela depois deu dois ou três bitates que ainda me chatearam mais e eu tive de comer e calar, coisa rara. Já sei o que a casa gasta, e odeio que façam chantagem comigo. Nunca vou a lado nenhum com ela e o raio... ah não, pois, então está bem. Bem, se calhar se houverem programas interessantes, eu vou! MAS... e de preferência, FALEM COMIGO ANTES!

Portanto, resumindo a coisa, que já lá vai uma semana e não me apetece bater na mesma tecla muito tempo… lá fui para Campo Maior na segunda-feira passada (dia 29). Cansada de no Domingo ter estado em Cascais (mesmo que não tenha sido um concerto deles e tal, cansou estar ali de pé sem quase me poder mexer) e de ter chegado a casa às 3 da manhã (acho eu)… lá tive eu que sair da cama às 6 e picos, apenas com duas horas e pouco de sono, a arrastar-me completamente, com uma vontade de bater em alguém.
Tentei despachar-me o mais rápido possível, e mesmo assim ainda tive de ouvir, porque eu e a minha mãe adormecemos… p’ó ***alho! Dasssss! Eu é que devia estar chateada e enfiadinha na cama por só me terem falado da merda da Festa em cima da hora e ainda ouço bocas sobre ‘responsabilidade’??? Eu dou a responsabilidade… isso e um murro no alto da pinha!

Bem… acelerando esta porcaria. Chegámos a Campo Maior entre as 10 e as 11… um solinho mesmo agradável em cima da minha pele, ui… maravilha. Só para ajudar, as minhas pernas estavam mesmo boas para andar…
Comecei na troca de mensagens com a Vanessa, ao menos tinha com quem me entreter… queria lá saber que estivesse a gastar guito!
Então, basicamente foi… andar a arrastar-me por aquelas ruas todas enfeitadinhas a papel, cada uma com o seu tema e blablabla… com uma paragem numa farmácia para se comprar um (caaaaaaro) protector solar que ainda por cima era só facto 30! Brilhante… -.-“ É o que dá o esquecimento de se levar o protector de casa.
Encontrámo-nos por lá com dois pares de tios meus.
Diga-se já de passagem que à medida que o tempo ia passando o meu mau humor ia piorando! Depois de almoço cheguei mesmo a chatear-me com a minha mãe, porque ela sabia muito bem que eu estava ali completamente contrariada, sem um pingo de interesse por aquilo, e ainda tem a lata de dizer que o meu humor se deve ao sono! Dasssss!!! Também, mas não era a principal razão de certezinha absoluta.

Acho que a única parte daquilo foi a visita que fizemos a uma pequena capela dos Ossos que também lá existe (é mesmo um cubículo, mas tenebrosamente fascinante!), e a dois museus… o Museu Aberto, que mostra muito sintacticamente o passar dos séculos de história ali na zona e arredores de Campo Maior, desde o Paleolítico (não me recordo se haveria datas anteriores), passando pelo Romano (onde, que me perdoem… mas não me convenceram de TODO com aquele pedaço de friso que tinham exposto ao lado de umas colunas Romanas… aquele padrão, por mais parecido que os romanos possam ter feito… aquele padrão entrançado era celta!)… blablabla… Império, Romântico… República. Era interessante, porque a uma certa altura mostravam documentos/livros setecentistas, canhões e as suas balas, mobiliário, trajes… criavam cenários de certos espaços, tipo casa-de-banho, talho, mercearia, escola… blablabla. O outro museu era o Museu do Azeite, situado, penso (que eu não andava com paciência para ler qualquer tipo de informação), no Paço de um tal Conde de Olivã que produzia Azeite, então podíamos ver em exposição as grandes máquinas de pesagem, moagem, carrinhos de transporte (tipo os das minhas, mas de cobre) os tanques para onde escorria o líquido depois das azeitonas terem sido trituradas… os ENORMES vasilhas onde, penso, depositavam a posteriori o azeite… um bom espaço para os adeptos do Steampunk. :) Depois havia uma parte de traje e um acolhedor jardim. No fim (ou mesmo antes, caso se quisesse, lol) podia-se comprar um geladinho de… Azeite ou de Gengibre. ARGH! Na minha mais modéstia opinião que provei um colherinha de cada um, da minha mãe… DISPENSO! :S Eles todos a dizer que o de Azeite não sabe… nããããão, lá agora, foi a primeira coisa a que me soube assim que meti a colher na boca, como é que podiam dizer que não sabia a Azeite? O.o Credo! Epá, é assim, não é maaaaau de todo, mas não obrigado… ainda para mais, eu gosto de azeite mas o meu estômago não se anda a dar muito bem com ele (pareço uma velha a falar mas é verdade, já reparei que há certas coisas que me deixam a arrotar ou com uma espécie de azia)… ou seja, se eu comesse um copinho inteiro daquilo, ficava mesmo bem para o resto da tarde, ui! E o de Gengibre, esqueçam! BAAAAAAAH! Odeio! Eu já de sei, não gosto dele… então em gelado, forget. Man… um gelado a picar? Nãããã… XD

E pronto… isto foi o proveito que eu tirei da ida a Campo Maior! Porque sinceramente… e é idiota porque eu estou na área de cenografia e aquilo, vá, pode-se dizer que me deveria interessar… NÃO… não, não, nããããão!
Eu sei bem o trabalhão que aquelas pessoas tiveram, imagino perfeitamente, compreendo muito bem etc e tal… e de facto há coisas bacanas… mas epá… não é uma coisa pela qual eu fique de boca aberta, não! Acho que é algo que me chega perfeitamente ver em fotografias (como tinha feito exactamente dois dias antes, porque uma dita Vânia tinha lá ido e postou fotos no Facebook, lol) ou pela televisão! Para mim é um completo enjoo! Principalmente quando se está cansado, sem paciência, a arrastar-se pelas ruas com dores e a ter de levar com aquele sol (mesmo que o papel tape, há sempre uns raios que passam, e eu sou um íman para isso… porque eu mesmo à sombra apanho escaldões)… epá… NÃO!

Portanto… ide se quiserem para a próxima, mas não contam comigo outra vez! Nem pensar! Dassss!

Ah! E como se não bastasse, para atrasar ainda mais o meu desejo de voltar a casa… quando basámos, ainda fomos a Espanha para meter gasolina, diz-se… mais barata, que de mais barata só tinha 1 cêntimo… e fazer umas comprinhas no Carrefour… que, ao que parece… isso sim, compensou bastante… até tenho Neskuik sei lá eu para quantos meses porque era uma promoção de 5kg! O.O Sim, isso cá existe mesmo… oh-oh! Ah e tal… mas eu fiquei no carro, porque quis, não tenho propriamente perfil para andar às compras… muito menos com todo o meu belo humor! Pois, pedi à minha mãe que se despachassem… right, foram só quase duas horas!!! FONIX! Mas ‘tava tudo contra mim???? Bem, fui ouvindo música no carro e diverti-me (ou não) a ver quão mal os espanhóis estacionam os carros nos parques de estacionamento… é tudo à grande… maravilha, mas também não posso falar muito porque havia lá um ‘tuga’ que ganhou aos pontos! Jesus! O.O

Finalmente fomos embora! Já nem sei que horas eram quando chegámos, mas devia ser 1 ou 2 da manhã.

A sério… NEVER MORE!

1 comentários:

Vanessa disse...

Eu fui às ditas festas há uns anos, ainda era pita. Mas não passei lá um dia inteiro. Nem perto disso. Fomos daqui depois de o meu pai e o meu tio saírem do trabalho (diz-se que eles saíam as 17h ou lá o que era) e depois a viagem de regresso foi feita a meio da noite.
Enfim, acho que como era pita até me entusiasmei com aquilo. Agora não sei qual seria a minha reacção.

Ainda bem que te pude "fazer companhia" enquanto o tralala deixou :D

Essa dos carros estacionados foi linda, ahah!